É triste mas é verdade. Leva-se meses e até anos para se adquirir determinada performance e para perder bastam de 2 a 4 semanas. Esta é a conclusão de vários estudos com relação a destreinamento, um termo conhecido em Fisiologia relacionado à perda de condicionamento nos atletas de endurance tais como corredores fundistas, ciclistas de estrada, nadadores, triatletas entre outros esportistas. A queda do VO2 Máximo segundo esses estudos, está associado, entre outros fatores, à redução do débito cardíaco. As câmaras cardíacas, deixando de receber os estímulos reduzem rapidamente o poder de contração e conseqüentemente o volume sistólico, fato facilmente percebido pela Freqüência Cardíaca de repouso aumentada logo na primeira semana de suspensão das atividades.
Existe ainda uma outra forma associada a destreinamento citada por Zatsiorsky na área de musculação. O músculo pode diminuir a seção transversal sem perda real de força quando o aluno resolve ficar executando sempre a mesma série, mesmo intervalo, mesmo método e mesma carga. A variação de métodos e exercícios mesmo sendo para o mesmo grupo muscular, teoricamente tem a intenção de recrutar o maior número de unidades motoras mantendo o maior volume muscular e força geneticamente possível.
O destreinamento também pode ter a sua aplicação proposital e muito pouco usual, pelo menos aqui no Brasil. É o caso de atletas que atingem o auge de suas carreiras e se aposentam. Normalmente são abandonados à própria sorte deixando de fazer qualquer tipo de treinamento. Viram de uma hora para outra sedentários, engordam, adquirem até doenças relacionadas à falta de exercícios tais como hipertensão e diabetes. A aposentaria do atleta deveria ser prevista num programa de exercícios lento, gradual e regressivo partindo da carga alta a que ele estava acostumado a fazer para uma intensidade moderada visando qualidade de vida das pessoas normais. Não deixa de ser um destreinamento, só que, com um objetivo definido.
Bom, vimos que a performance adquirida à custa de muito suor determinação e por longo período pode ser perdida quase que, num passe de mágica em duas semanas. A base mais significativa dessa perda está no sistema cardiovascular onde o débito cardíaco regredindo deixa, de alimentar os outros sistemas corporais. Tudo isso na verdade reforça a necessidade da prescrição e acompanhamento profissional. Quem por um motivo ou por outro necessita parar de treinar precisa ser orientado com relação a quais exercícios devem fazer e com que intensidade até para uma retomada à performance. Parar repentinamente pode trazer grandes prejuízos para o corpo, para a mente e para a sociedade.
Segundo Coyle, os sistemas corporais regridem na mesma proporção da diminuição do estímulo. Ou seja, se a parada é repentina como nas lesões, a regressão é rápida. Convertino, citado por Fabiana Evangelista e Patrícia Brum na Revista paulista de Educação Física mostrou que o débito cardíaco máximo sofreu uma redução de 26% após 21 dias de destreinamento. Em outro estudo realizado pelo mesmo pesquisador, a redução do débito cardíaco e volume sistólico foram de 23% em apenas 10 dias. Isso demonstra claramente que a queda é vertiginosa nos primeiros dias. Depois, a curva de perda é mais lenta. Menos mal. Afastamentos de 21 a 84 dias, a perda não é total e o retorno às atividades não partem do zero, além disso, a evolução costuma ser mais rápida.
Os efeitos de redução não se restringem ao sistema cardiovascular, mas também à massa muscular incluindo o miocárdio. Ehsani, Hagberg & Hickson, estudando corredores de elite numa parada de três semanas, através de ecocardiografia comprovaram uma diminuição da capacidade diastólica do ventrículo esquerdo de 51 para 46,3 mm assim como a espessura da parede do miocárdio de 10,7 para 8 mm. Fatores que sabidamente interferem no volume de sangue bombeado a cada batimento cardíaco. Da mesma forma a capacidade dos músculos esqueléticos levar e consumir oxigênio, (diferença artério-venosa) também diminui significativamente. A rede capilar perde facilmente a sua elasticidade dificultando o fluxo do sangue. Quanto maior a performance com relação ao VO² Máx. mais rápida e maior é a perda. Ou seja, atletas de elite têm mais para perder do que as pessoas comuns.
Estamos vendo que o afastamento temporário, seja por uma lesão, férias ou mesmo transição de temporada competitiva, pode causar perdas importantes. O conhecimento real dessa reação, fornece dados para melhor prescrição de programas de exercícios no retorno ao pico de performance. Um dos grandes problemas de quem volta a treinar depois de um período parado, é justamente achar que não perdeu nada, tentando voltar com a mesma carga e ou intensidade, que estavam no momento da interrupção, podendo até sofrer uma nova lesão.
O destreinamento é percebido não só no atleta de endurance, mas também aos adeptos à musculação especialmente à hipertrofia muscular abrangendo mesmo aos simples mortais. Isso reforça a importância da prescrição lenta gradual e progressiva seguindo os chamados princípios da Educação Física. O da continuidade diz respeito à freqüência semanal escolhida seja 3, 4 ou 5 vezes. Alguns alunos, logo ao se matricularem numa academia querem "entrar de sola" malhando todo dia. Começam a ver que não dá certo e ora, numa semana vão três vezes, ora duas, ora nenhuma. Resultado. Não chegam a lugar nenhum. É importante estabelecer uma rotina viável de um mínimo de três vezes por semana com intervalos regulares.
O destreinamento é percebido não só no atleta de endurance, mas também aos adeptos à musculação especialmente à hipertrofia muscular abrangendo mesmo aos simples mortais. Isso reforça a importância da prescrição lenta gradual e progressiva seguindo os chamados princípios da Educação Física. O da continuidade diz respeito à freqüência semanal escolhida seja 3, 4 ou 5 vezes. Alguns alunos, logo ao se matricularem numa academia querem "entrar de sola" malhando todo dia. Começam a ver que não dá certo e ora, numa semana vão três vezes, ora duas, ora nenhuma. Resultado. Não chegam a lugar nenhum. É importante estabelecer uma rotina viável de um mínimo de três vezes por semana com intervalos regulares.
Existe ainda uma outra forma associada a destreinamento citada por Zatsiorsky na área de musculação. O músculo pode diminuir a seção transversal sem perda real de força quando o aluno resolve ficar executando sempre a mesma série, mesmo intervalo, mesmo método e mesma carga. A variação de métodos e exercícios mesmo sendo para o mesmo grupo muscular, teoricamente tem a intenção de recrutar o maior número de unidades motoras mantendo o maior volume muscular e força geneticamente possível.
O destreinamento também pode ter a sua aplicação proposital e muito pouco usual, pelo menos aqui no Brasil. É o caso de atletas que atingem o auge de suas carreiras e se aposentam. Normalmente são abandonados à própria sorte deixando de fazer qualquer tipo de treinamento. Viram de uma hora para outra sedentários, engordam, adquirem até doenças relacionadas à falta de exercícios tais como hipertensão e diabetes. A aposentaria do atleta deveria ser prevista num programa de exercícios lento, gradual e regressivo partindo da carga alta a que ele estava acostumado a fazer para uma intensidade moderada visando qualidade de vida das pessoas normais. Não deixa de ser um destreinamento, só que, com um objetivo definido.
Bom, vimos que a performance adquirida à custa de muito suor determinação e por longo período pode ser perdida quase que, num passe de mágica em duas semanas. A base mais significativa dessa perda está no sistema cardiovascular onde o débito cardíaco regredindo deixa, de alimentar os outros sistemas corporais. Tudo isso na verdade reforça a necessidade da prescrição e acompanhamento profissional. Quem por um motivo ou por outro necessita parar de treinar precisa ser orientado com relação a quais exercícios devem fazer e com que intensidade até para uma retomada à performance. Parar repentinamente pode trazer grandes prejuízos para o corpo, para a mente e para a sociedade.